Os líderes são referências para as suas equipas. São mentores que as orientam tanto no desenvolvimento profissional de longo prazo quanto no desempenho do dia a dia das suas tarefas e devem garantir o bem-estar e a saúde mental.
A influência dos líderes na criação de espaços de trabalho mentalmente saudáveis é decisiva. Por isso, quem ocupa estas posições de liderança com consciência e compromisso procura ser capacitado e ter ferramentas que lhe permitam exercer a sua função da melhor forma, de forma a gerar ambientes de trabalho onde os colaboradores se sintam psicologicamente seguros.
Os gestores de empresas não têm capacidade de diagnosticar quem tem problemas de saúde mental, pois não tem formação para comunicar com pessoas com estes problemas, e muitas vezes nem têm empatia nem conhecimento destas questões.
As chefias das empresas devem ter estas capacidades, porém, neste momento, as empresas ainda carecem de falta de conhecimento e ferramentas para lidar com a psicologia organizacional.
O que os líderes devem fazer para cuidar da saúde mental dos seus funcionários?
Líderes comprometidos com a saúde mental dos seus colaboradores devem ter consciência de que as suas ações impactam diretamente no bem-estar dos seus colaboradores.
Estas são algumas das ações que os líderes devem realizar nos seus locais de trabalho para garantir a saúde mental dos seus funcionários e promover a sua produtividade:
• Integrar as práticas de saúde mental em tudo o que fazem e não deixar nas mãos da área de recursos humanos.
• Fornecer escuta ativa e comunicação bidirecional.
- Investir em psicologia organizacional.
• Criar ambientes de trabalho onde o colaborador possa expressar-se sem medo de represálias.
• Estabelecer objetivos e expectativas claras, sabendo que a mudança permanente de metas gera stress aos colaboradores.
• Auxiliar as suas equipas na gestão do stress, dando-lhes suporte e flexibilidade.
• Fazer com que os colaboradores participem das tarefas e objetivos que os envolvem.
• Dar aos membros da equipa controlo e autonomia sobre o seu próprio trabalho.
• Mostrar um interesse sincero nos seus colaboradores como pessoas e não apenas como trabalhadores.
• Criar ambientes e laços de confiança.
• Promover a resiliência organizacional e individual.
• Convidar os seus colaboradores a expressar quando não se sentem à vontade em determinadas situações.
• Estar atentos às situações e necessidades particulares de cada colaborador, especialmente no contexto atual de uma pandemia.
• Encorajar as pessoas a equilibrar a vida profissional com a vida profissional.
Quais os colaboradores que estão em risco ou maior probabilidade de entrar em estado de burnout?
Estes colaboradores estão frequentemente sujeitos a:
- Exigências – carga de trabalho, organização de trabalho e ambiente de trabalho
- Controlo – feedback acerca do seu trabalho
- Relacionamentos negativos –local de trabalho negativo e lidam com comportamentos conflituosos
- Função – as pessoas não compreendem o seu papel dentro da organização e a empresa faz com que tenham papéis conflituantes.
Indicadores de saúde mental precária no local de trabalho
Mesmo quando os colaboradores conseguem falar abertamente sobre a sua saúde mental, certas mudanças no comportamento podem indicar desafios mais profundos.
Aqui estão os principais sinais de problemas de saúde mental a serem observados:
1. Absentismo
Se o trabalhador se ausentar com alguma regularidade sem justa causa, pode ser devido a um problema de saúde mental. Muitas pessoas não se sentem confortáveis em admitir que o verdadeiro motivo da sua ausência é psicológico, não físico, e muitas pessoas ainda acham que o stress, a ansiedade e a depressão são coisas de pessoas fracas.
Nestes casos, é importante acompanhar de forma afetuosa os colaboradores na volta ao trabalho para poder detetar se há algum problema de saúde mental por trás da sua ausência.
2. Baixa produtividade
Muitas vezes, quando as pessoas experimentam problemas de saúde mental no trabalho, a sua produtividade diminui. Elas podem parecer desinteressadas no seu trabalho, passar muito mais tempo do que o normal a fazer algumas tarefas, chegar atrasadas ao trabalho ou trabalhar mais horas do que o normal. Existem também outros sinais que podem ser indicadores de saúde mental: alguns funcionários podem ter dificuldade em tomar decisões, aparentar falta de energia, mostrar sinais de fadiga, falta de concentração ou irritabilidade aumentada.
3. Aumento na rotatividade de pessoal
Em qualquer empresa, as pessoas entram e saem, mas se tiver um aumento significativo na rotatividade, pode ser um sinal de má gestão e colaboradores infelizes. As pessoas geralmente não deixam os seus empregos e, embora às vezes possam ter encontrado outro emprego da sua preferência, isto geralmente deve-se a uma cultura de trabalho que não apoia ou é ativamente perturbadora.
As 5 profissões mais afetadas pelo stress e com maior risco de doença mental
1. Medicina e Enfermagem. Para além das longas jornadas de trabalho, deve ser seguido um processo de formação constante, o que implica dedicar muitas horas à parte profissional e, em geral, poucas à pessoal.
2. Call center. Muitos jovens com menos de 30 anos trabalham aqui. Nesta profissão, as pessoas trabalham sob muita pressão porque têm que atender problemas, reclamações e dúvidas dos clientes, num prazo curtíssimo.
3. Vendas. Embora o campo de atuação seja muito amplo, e seja uma das áreas com menos cortes em tempos de crise, o stress é muitas vezes sentido pelos vendedores pelos objetivos que devem alcançar e pela dinâmica para atingir as suas comissões.
4. Educação. A exigência de obtenção de títulos académicos, realização e publicação de pesquisas, cumprimento de procedimentos administrativos, criação de turmas para alunos e atividades extracurriculares, tem aumentado a ansiedade dos professores.
5. Profissionais de indústrias químicas. Os profissionais que atuam nas indústrias de fabricação de produtos, farmacêutica e química sofrem maiores riscos devido aos materiais aos quais estão expostos, às condições ergonómicas e à rotina que uma determinada função pode ter.
Como identificar problemas de psicologia organizacional?
1. Uma aparência pouco saudável ou malcuidada
2. Mudanças de humor, montanhas-russas emocionais e comportamento errático
3. Irritabilidade fácil, frustração ou raiva
4. Diminuição ou falta de produtividade
5. Mudanças nos hábitos alimentares ou de descanso
6. Momentos de confusão ou incapacidade de resolver um problema
7. Medo, preocupação ou ansiedade desnecessários
Na Workwell podemos ajudá-lo a saber como os seus funcionários se sentem em relação à sua saúde física e emocional para facilitar a gestão destas questões pelos líderes e pela organização. Fale conosco para saber mais sobre psicologia organizacional.