Fadiga Pandémica: Um ano depois como se sentem gestores e colaboradores

Saúde Mental e Emocional Saúde Mental e Emocional

Segundo um inquérito online realizado no âmbito do projeto PsiQuaren10:

82,2% dos inquiridos revelaram níveis de fadiga pandémica moderada ou elevada/severa em Portugal.

>O estudo teve início em novembro, na sequência do conceito de fadiga pandémica lançado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).<

Mas afinal o que é isto da fadiga pandémica? Quais os sintomas e como é que isso afeta o desempenho dos colaboradores e gestores? E acima de tudo, como a podemos evitar ou prevenir?

A fadiga pandémica é um conceito que tem vindo a ser referido perante a comunidade médica, sendo este definido por muitos como, um estado mental de fadiga, cansaço e exaustão resultante da pandemia Covid-19 e derivadas restrições e mudanças nas
rotinas diárias das pessoas e das empresas.

Este estado de espírito manifesta-se como preocupação, ansiedade, medo do futuro, tristeza e, em alguns casos, raiva e agressividade, afetando negativamente as atividades da vida diária das pessoas no ambiente familiar, profissional e social.

[expander_maker id=”1″]

Apesar dos esforços para que a vida possa voltar ao normal, desde o acelerar do plano de vacinação para alcançar a imunidade de grupo e o jogo de medidas entre restrições e desconfinamento, leva-nos a crer que esta situação possa continuar pelo menos até
ao outono deste ano, aumentando, por consequente, a incidência e a gravidade da fadiga pandémica.

Quais são as consequências da fadiga pandémica em Portugal?

Após um ano do início da pandemia de Covid-19, a saúde mental e emocional dos colaboradores e gestores está mais debilitada e emoções como tristeza, apatia ou cansaço começam a vir à tona. Por outro lado, a imposição do teletrabalho em muitas empresas tem contribuído para um sentimento de solidão e isolamento não muito favorável. Apesar desses sentimentos serem completamente normais, o problema surge quando todo o acúmulo de emoções associado à situação atual tem
consequências diretas no trabalho.

Como é que a fadiga da pandémica afeta os gestores e colaboradores?

A fadiga pandémica afeta tanto as pessoas que trabalham em casa como no local de trabalho. O medo e a ansiedade podem ser opressores e o stress resultante pode causar exaustão mental, reduzir a concentração e a produtividade, aumentar os erros
e levar a acidentes e licenças médicas.

A fadiga não é causada pelas pessoas, pelas empresas ou pelo ambiente de trabalho, mas ambos são adversamente afetados. Qualquer pessoa, de qualquer empresa, está suscetível a sofrer de fadiga pandémica, seja gestor ou colaborador. No entanto, os
trabalhadores que recebem ajuda adequada podem desenvolver resiliência à fadiga e reduzir os efeitos negativos para si mesmos e para a empresa, uma vez que o vínculo emocional positivo entre empresa e trabalhador aumenta quando o trabalhador se
sente compreendido e amparado em situações extremas como a atual.

Como pode evitar ou prevenir um nível elevado de fadiga pandémica?

É fulcral que durante este tempo de pandemia e de incerteza, consiga manter uma rotina de modo a evitar o aumento da fadiga. Quer esteja em teletrabalho ou em regime híbrido, o importante é que a sua rotina possa ser o mais próxima possível do
que era no período pré-pandemia.

Levante-se cedo, prepare o pequeno-almoço e se for preciso, vá mesmo até à rua para aproveitar a brisa matinal. Defina os limites entre o período de trabalho e o período de lazer. Se estiver sozinho em casa, vá mantendo o contacto com os seus colegas de
trabalho: se costumavam ir beber um copo depois do trabalho, ainda o podem fazer – mesmo que seja virtualmente.

Por último, se sentir que o deve fazer, procure ajuda. Fale com os seus amigos sobre o que está a sentir, com o seu gestor ou chefe. Sugira atividades para fazer fora do contexto de trabalho com a sua equipa, os seus colegas. Certamente que assim conseguirá ultrapassar este período com melhores resultados.

[/expander_maker]

próxima leitura

Organizacional Organizacional

Os desafios de Bem-Estar de uma força de trabalho cada vez mais envelhecida 

Mentes psicologicamente saudáveis: A chave para uma vida plena e produtiva

O crescimento do bem-estar no trabalho

conteúdo relacionado

Mentes psicologicamente saudáveis: A chave para uma vida plena e produtiva

Na atualidade, com os desafios à saúde mental se tornando cada vez mais evidentes, compreender e cultivar uma mente psicologicamente saudável é essencial. Este artigo aborda o conceito de saúde mental positiva, sua relevância para o bem-estar individual e coletivo, e como podemos promovê-la no nosso dia a dia e

Colaboradores que têm apoio psicológico permanecem 30% mais tempo nas empresas   

A saúde mental tem vindo a ganhar uma crescente relevância no ambiente de trabalho, especialmente com a intensificação do debate em torno do bem-estar dos colaboradores.  Um estudo conduzido pela American Psychological Association (APA) em 2022 destaca que as empresas que oferecem apoio psicológico e programas de Bem-Estar têm taxas

Setembro Amarelo: Valorize a vida

O Setembro Amarelo é uma campanha brasileira de sensibilização e prevenção do suicídio, com foco na importância de discutir a saúde mental. Por ser um tema sensível e apelidado de tabu, existem algum constrangimento quando se trata de falar de números que acabam por ser chocantes.  Segundo a OP (Ordem

parcerias

Entidades parceiras

ASM
MÉDIS
MULTICARE
PREVERIS
WE CARE ON
AON